11.5.18

Resenha: Mono e a Torre do Mago

Que tal uma fantasia recheada de aventura para o final de semana? É isso que te espera nesse livro delicioso escrito pelo G.C. Bellföx e publicado pela Chiado Editora. 

Título: Mono e a Torre do Mago
Autor: G.C. Bellföx
Editora: Chiado 
Ano: 2017
Edição:
Número de Páginas: 354 p. 
Livro recebido em parceria com o autor
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Mono é um albus, uma raça que vive em Florensia, dentro da sua árvore e bastante discretos. Todos são recobertos de pelos brancos e possuem olhos azuis ou verdes. Mono, por uma infelicidade do destino, nasceu com os pelos pretos e olhos totalmente brancos. Eu não quero explicar aqui a circunstância de seu nascimento, mas ela faz com que Mono seja bastante precioso para Aslas, que  que tomou o mundo  para si e agora faz muitas maldades. Aslas é filho da Grande Deusa Gaia, e por isso conseguiu tomar o poder. 

O sonho do pequeno albus (que parece com um coelho, segundo a descrição) é viver aventuras tais quais ele lê. E ele quer ser um mago. Essa oportunidade chega-lhe como um presente no dia de seu aniversário, quando ele conhece os Red VII, um grupo de milites que vieram buscar Mono para uma aventura e explicar-lhe a sua origem.  Eles são formados por Artimus, um paladino de Inbestia e líder do grupo, Feldon o elfo druida que só pensa em bebida, Nilperto, o bardo gago, Ruprest, um doppeleganger que aproveita-se da sua capacidade de mudar de forma para conquistar (e iludir) muitas mulheres, Lídia, uma forte guerreira, Royston Cave, um anão bárbaro, Harumi, clériga do templo de Gaia e Tolto, a raposa que é a mascote do grupo. 


Como todo livro de fantasia, o pequeno e jovem herói, que tem uma profecia ou um problema muito sério nas costas, sai em uma aventura com um grupo heterogêneo. E aqui o autor não foi diferente. Temos o mundo criado por ele, Terra- Gaia, com diversos reinos dentro dele. E diversas criaturas mitológicas e outras criadas pelo autor. 


Ao começar a ler, pensei que se tratasse de "mais do mesmo", afinal, a fórmula se repete. E só de ler percebemos que o autor é grande fã de sagas de fantasia, pois ele bebe da fonte das grandes obras clássicas nesse estilo. Mas conforme a leitura avança, o livro vai ficando mais criativo e autêntico. Por exemplo, não temos uma batalha a cada duas páginas. E nem todos os problemas são expostos para se resolverem; aqui eles vão surgindo em doses baixas e amadurecem. Não tem muita parte de descrição nem muita enrolação. O que tem que acontecer, acontece logo. Isso torna a leitura rápida e fluida. 

Ao longo da narrativa vamos percebendo que o pequeno albus não era apenas um garoto indefeso que vivia rodeado de livros. Ele é sagaz e valente e já chegou a salvar amigos muito maiores que ele. 
Os personagens que mais aparecem além de Mono são Artimus, por ser líder, Feldon e Ruprest, que fazem o lado mais cômico. Ruprest me incomodou um pouco, pois trata mulheres como objetos e as engana. Já Feldon só pensa em encher o caneco e nada além disso. Senti falta das duas mulheres. No começo Artimus exalta Harumi, falando que ela já salvou cada um deles ao menos uma vez, e mesmo assim ela brilhou pouco. Lidia também não aparece muito. Espero que elas apareçam mais nos próximos volumes (pelo menos o final foi aberto e deu a entender que haveria uma continuação). 

Uma coisa que me incomodou foram os erros ortográficos. Vocês sabem que sou super chata com isso. Alguns pareciam erro de digitação, mas apareciam iguais em seguida. Dou um desconto pelo fato do próprio autor ter feito a revisão, e entendo que muitas vezes deixamos passar nossos erros. 

O projeto gráfico é de encher os olhos. A capa é maravilhosa, e o livro é repleto de ilustrações, tanto entre os parágrafos quanto no começo dos capítulos. Deu um super charme ao livro, que é impresso num papel mais amarelado e de gramatura maior e de textura muito gostosa. 

Nota: 


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Ilustração por Wokumy • Layout por