RESENHA: Oitenta e três idades

Neste livro de Gustavo Guza (pseudônimo de Pedro Moreira) temos uma reunião de todos os poemas escritos pelo autor até 2016, ano da publicação. 

O livro é composto por por poemas com diversas temáticas, mas envolvem principalmente o olhar para o futuro e o cotidiano. 

FICHA CATALOGRÁFICA

Título: Oitenta e três idades

Autor (a): Pedro Moreira (sob pseudônimo de Gustavo Guza)

Ano: 2016

Número de páginas: 86

Edição: 1ª

Links para compra: Bookess | Clube de Autores

e-book cedido ao Check-in Virtual em parceria com o autor

O livro é classificado como poesia marginal pelo próprio autor. E realmente encaixa-se nesse rótulo. São versos contemporâneos, brancos (sem rimas), livres (sem métrica). Muitas vezes parecem pedaços de prosa organizados em pequenas estrofes. 

Cada poema é bem curto, e mesmo as 86 páginas podem ser integralmente lidas de uma vez só. São versos rápidos, simples.

Por ter gostado muito do livro de contos do autor, Embora o mundo tivesse cor, que já foi resenhado aqui no Check-in Virtual, eu criei uma expectativa bastante alta sobre este livro de poesias.  E acabei me desapontando um pouco. 

Eu sei que se tratam de dois formatos bastante distintos, mas esperava encontrar na poesia de Pedro Moreira a mesma sensibilidade e fluidez que li nos contos. 

Aqui a escolha por temas cotidianos não funcionou muito bem para essa leitora que vos fala. Achei os poemas rasos e não consegui me sentir muito tocada pela maioria dos poemas...

Eles possuem uma escolha de palavras boa. O autor sabe trabalhar com elas, sabe empregá-las de forma legal. Porém particularmente acho que poesia deve tocar intimamente o leitor, combinar com aquele momento em que ele esta vivendo. Ainda mais esses poemas mais sentimentais, cotidianos (essa observação não vale para uma história contada na forma de poema como O Romanceiro da Inconfidência, por exemplo). 

Infelizmente, não era o meu momento. Mas te encorajo a seguir em frente e experimentar uma poesia diferente, contemporânea, com o autor provavelmente produzindo mais poesias enquanto você lê.