5.7.17

O que fazer em São Paulo - Jardins



Olá pessoal, como estão vocês?? Estamos estreando a nova coluna do blog, a coluna sobre viagens! Ela se chama Check-in pelo Mundo e vocês encontrarão todos os posts na tag "Viagens" ali na barra lateral esquerda do blog. 

No post de hoje quero mostrar um passeio por uma das regiões nobres de São Paulo gastando muito pouco. Sim, são passeios que se você estiver disposto (a) a caminhar, pode fazer tudo a pé. 


Um click numa golden hour maravilhosa! Av Paulista, no cruzamento com a Rua Haddock Lobo
Os Jardins, uma região nobre da zona oeste paulistana, são compostos pelos bairros Jardim Europa (o mais antigo), Jardim Paulista, Jardim América e Jardim Paulistano. Algumas regiões de Cerqueira César entram nos Jardins, principalmente a parte cortada pela Avenida Paulista. São bairros nobres, habitados pela classe alta e média alta paulistana. Então se você gosta de artigos de luxo com certeza encontrará várias lojas nessa região, além de shoppings centers. Contudo, essa região também abriga hotéis (muitos estrelados), bares, restaurantes (inclusive alguns dos melhores de São Paulo) e muita opção de cultura e entretenimento. São vários cinemas com programações variadas e até mesmo maratonas de filmes. Também há livrarias, museus, parques e toda a sorte de lugares onde se pode encontrar produtos culturais, alguns gratuitos como a Casa das Rosas, recomendada para amantes de Literatura (ainda não conheço esta). É nessa região que se concentram grandes hospitais e até mesmo o Instituto Pasteur, um dos polos científicos do Brasil, localizado na Avenida Paulista. 

Eu fiz esse roteiro semana passada quando fui para São Paulo visitar uma amiga. Como Jundiaí é pertinho, peguei a Linha 7 - Rubi da CPTM e fiz ela quase inteira, pois desci na Barra Funda para pegar a Linha Vermelha e encontrar  a minha amiga no Carrão. Depois é que partimos para o passeio em si. Mas se você estiver saindo daqui também sugiro que desça na Luz. E se for totalmente turista, bem, pegue o metrô em qualquer estação, mas faça a baldeação para a Linha Amarela da Viaquatro. 

Avenida Paulista, vista do andar superior da Riachuelo
Nós vamos começar o passeio pela Avenida Paulista. Paulistanos, perdoem a confusão que fiz descendo na estação Paulista (linha amarela), que na verdade fica na Rua da Consolação. A estação Consolação, linha Verde do Metrô, é que fica na Avenida Paulista.

 Mas foi graças a essa confusão que encontramos o ponto alto do passeio: Um restaurante colado na estação, no qual o Buffet a vontade com suco e sobremesa custavam apenas R$ 23,90. O restaurante se chama Donna Júlia, e a comida é bem gostosa e variada. Tinha bastante opção de salada, sushi (estava delicioso), massas preparadas na hora (tipo Spoleto), vários tipos de carnes e frituras como coxinha e pastel. Sugiro que escolham essa opção, pois o quilo custava cerca de 50 reais e seria bem fácil ultrapassar o valor do buffet a vontade. Nós comemos até cansar. Saímos de lá por volta das 15h, quando eles estavam retirando, ou seja, o horário de funcionamento é bem largo. 

Depois de muito bem alimentadas, começamos a andar pela Avenida Paulista. A dica ali é andar sem rumo mesmo. Você vai ver lindos prédios enormes, sedes de banco e lojas de departamento famosas com uma coleção bem diferente daquela que você está acostumado (a) a ver. 
Avenida Paulista e a imponência de seus prédios

A Avenida Paulista  é uma verdadeira passarela para os mais diversos estilo: Você vê executivos em trajes sociais, pessoas das mais diversas tribos urbanas e várias tendências de moda. 
Também é possível encontrar os vendedores ambulantes, e por ali tem de tudo. Encontramos artigos de inverno como touca e cachecol filtro dos sonhos, incenso, colares com cristais, artesanatos variados, cds piratas... E sempre tem algum artista das ruas tocando belas músicas nos mais diversos instrumentos. São Paulo é a diversidade em forma de cidade, e a sua avenida mais famosa não pode fugir disso. É um dos endereços mais importantes de São Paulo, abriga cerca de 200.000 habitantes e é um polo financeiro e cultural da maior cidade do Brasil. Ela fica entre as zonas centro-sul, central e oeste de São Paulo. 
MASP, acervo permanente

Se você estiver fazendo esse passeio como eu fiz numa terça-feira, poderá visitar um dos maiores acervos de arte da América Latina. O Museu de Artes de São Paulo, ou MASP, foi o primeiro museu moderno do país. É o museu do Hemisfério Sul com o maior número de obras europeias. Lá encontramos quadros de Renoir, Monet, Picasso, Van Gogh, Portinari, esculturas de Rodin entre outros artistas renomados. Foi emocionante ficar cara a cara com algumas das minhas obras de arte favoritas. Este é o acervo fixo do Masp. De peso. O museu apresenta também exposições itinerantes, que podem ser bem interessantes. Não precisa nem dizer que essa foi minha parte favorita do passeio.  No vão livre do Masp presenciei um belíssimo pôr-do-sol e um show dos artistas de rua, com seus tambores. Para quem tiver interesse, tem um parque bem em frente ao MASP. Não deu tempo de conhecer, mas com certeza entrarei lá numa outra oportunidade. É o parque Trianon. Para ir diretamente ao Masp, desça na estação da Linha Verde Trianon-Masp. 
MASP


Uma das ruas que cortam a Avenida Paulista é a famosa Rua Augusta, a rua dos bares, baladas e happy hours. Você pode seguir a Augusta para chegar na Rua Oscar Freire (falarei em breve sobre ela), ou para chegar na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, que é a maior livraria do Brasil, com uma arquitetura super diferenciada e um ambiente muito aconchegante para quem ama ler. Bom, nessa parte duvido que você consiga controlar seus gastos. 
Foto turista básica da primeira vez que fui conhecer a Livraria Cultura, em 2015. Fiquei tão entusiasmada que nem tirei fotos lá dentro. 

Na Rua Augusta reparei uma ampla variedade de restaurantes e galerias muito fofas. Encontrei vários restaurantes mexicanos, restaurantes vegetarianos e até mesmo um açougue vegetariano!! Senti um tapa na cara pela minha tentativa frustrada em parar de consumir carne. Um dia conseguirei poupar os bichinhos, mas por enquanto o paladar falou mais alto que a ideologia. 
Rua Oscar Freire à noite

A Rua Oscar Freire é o paraíso para quem gosta de moda e artigos de grife. Tem lojas das mais diversas marcas, algumas delas servem coquetel lá dentro. Nessa rua chegou a hora de fazer a fina, fazer cara de rica e ir conhecer as novidades. Tudo isso para depois você comprar roupinhas nas lojas de departamento da própria rua que tem coleção ainda mais bonita que as da Avenida Paulista. Sério, parece outra loja. Também é nessa região que você vai surtar e querer levar a Forever 21 inteira para casa. Mas lembrarás que és pobre e que teu cartão de crédito não tem saldo nem limite para esta extravagância. Nem para comprar uma "brusinha" sequer nas outras lojas da rua, infinitamente mais caras. Mas não desanime que já achei ótimas promoções por lá, levei sapatilha da My Shoes por 39 reais. Por enquanto a loja está fechada, mas vale dar aquela garimpada. 

Numa travessa da Oscar Freire fica a Carlo's Bakery, que queríamos muito conhecer, mas infelizmente estava fechada em respeito ao falecimento da mãe do fundador. 

Na Rua Oscar Freire você vê grafites lindos e famosos como o do Einstein e da Frida Khalo, o melhor da street art aberta aos olhos de quem quer ver. Encontrei por lá também uma feira orgânica e a Galeria Melissa, ponto de parada obrigatório para todos os amantes da marca de sapato com cheirinho de chiclete. 

As lojas da Oscar Freire ficam abertas até por volta das 20h. Foi depois do fechamento dessas lojas que acabou o nosso passeio, no qual andamos horrores a ponto de não sentirmos mais os pés.  E eu particularmente só gastei com o almoço, trem para ir, metrô e ônibus para voltar (porque fiquei com medo de pegar o trem tão tarde da noite), pois achei uma opção mais sensata e segura. Ok, pegamos dois uberes também mas eles são dispensáveis. Um deles foi medo mesmo de andar numa rua escura para chegar até o metrô. Mas você pode chegar cedo e não ir embora tão tarde, como fizemos. 

Encerro o post com esse pôr do sol maravilhoso visto do vão livre do Masp. Como São Paulo é linda!! Eu devo ter sido paulistana numa vida passada porque não é normal gostar tanto assim de um lugar e se sentir em casa onde você nunca morou. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Quero saber sua opinião! Ficarei muito feliz com o seu comentário!



Ilustração por Wokumy • Layout por