Diário de Leitura: Alice no País das Maravilhas

Pessoal, desculpem-me pelo atraso. Tive alguns imprevistos e não pude postar o diário de leitura na data combinada. Mas claro que não iria deixá-los sem o diário (mesmo já tendo terminado o primeiro livro), então vamos conversar um pouco sobre a primeira metade de Alice no País das Maravilhas.

O livro começa com uma Alice sonolenta, que encontra um coelho branco apressado e resolve persegui-lo pela campina onde está. Nesta correria, Alice acaba caindo num buraco que parece sem fim e vai vendo muitas coisas passando por ela.

Ao chegar ao fim da queda, Alice encontra uma mesinha com uma minúscula chave de ouro, que abre uma porta tão pequena pela qual a garota não é capaz de passar. Então ela encontrou uma garrafinha escrito "Beba-me", e após investigar se não era veneno, bebeu da garrafa, e acabou encolhendo demais e não conseguia mais alcançar a chave. Então comeu um bolinho e começo a crescer tanto a ponto de não caber mais na sala. Eu não vou contar para vocês como que ela conseguiu diminuir senão eu estaria dando um spoiler. 

O fato é que acontece muita coisa nesses seis primeiros capítulos, de forma que a história é muito densa. Alice participa de um comitê, reencontra o coelho branco e muda de tamanho diversas outras vezes. 

Até que finalmente ela conhece a lagarta filósofa, que fumava um narguilé. 

"Quem é você?" Perguntou a Lagarta

Não era um começo de conversa muito animador. Alice respondeu, meio encabulada: "Eu... eu mal sei, Sir, neste exato momento... pelo menos eu sei quem eu era quando me levantei esta manhã, mas acho que já passei por várias mudanças desde então. 

Nesta passagem não pude deixar de lembrar do filósofo Heráclito, que afirma que ao entrarmos num rio não somos mais os mesmos nem o rio será mais o mesmo rio. Esta passagem mostra as mudanças que sofremos ao longo da vida, e até mesmo ao fim do mesmo dia não somos mais os mesmos que éramos ao acordar.  

Percebi que Alice é uma garota curiosa e questionadora. Ela gosta de mostrar tudo o que sabe, embora saiba muito pouco. O autor não a descreve fisicamente, tampouco explicita sua idade. Mas eu suponho que seja uma criança em fase de alfabetização, pois fala muito nas lições da escola e nas coisas que aprende por lá. Talvez ela seja inteligente demais para a sua idade, mas o fato é que suas perguntas me deixaram desconsertada, o que significa que já não tenho mais a mesma alma que tinha enquanto criança. E sim, eu me identifiquei demais com a Alice, suas perguntas malucas, curiosidade absurda e vontade de mostrar o que sabe. 

Vamos continuar a leitura, pessoal! Em breve eu posto a parte dois e encerramos Aventuras de Alice no País das Maravilhas e já começamos Através do Espelho e o que Alice encontrou por lá. 

Lembrando que já estamos no segundo capítulo do segundo livro, hein!